Capacitando sua Equipe para Conformidade com a NR-26 e a Atualização da Norma ABNT NBR 14725: Classificação GHS, Rotulagem e FDS

Preparando seus Colaboradores para Lidar com Produtos Químicos de Maneira Segura e Conforme as Normas.

Introdução

A segurança e o bem-estar dos colaboradores são prioridades indiscutíveis no ambiente de trabalho. Nesse contexto, o cumprimento da NR-26 que traz a obrigatoriedade da classificação de produtos químicos conforme o GHS e a utilização da FDS e rotulagem para transmissão das informações de perigo, nos remete à norma ABNT NBR 14725 com todos os critérios para classificação e detalhes para elaboração destes documentos de segurança.

Essas informações são essenciais para criar locais de trabalho seguros e saudáveis, especialmente quando se lida com produtos químicos. Neste artigo, vamos explorar minuciosamente a estratégia para treinar sua equipe, preparando-a para atender às demandas da NR-26 e às atualizações da norma ABNT NBR 14725, com foco na Classificação GHS, Rotulagem e Ficha com Dados de Segurança (FDS).

Entendendo a NR-26 e a Norma ABNT NBR 14725

A Norma Regulamentadora 26 (NR-26) do Ministério do Trabalho estabelece diretrizes para sinalização e identificação de segurança a serem adotadas nos locais de trabalho, fazendo uso não apenas da Sinalização por cor, mas também, da Classificação de perigo à saúde humana dos trabalhadores conforme o GHS, rotulagem preventiva de produto químico classificado como perigoso, assim como do produto químico não classificado como perigoso e da Ficha com Dados de Segurança, ambos também conforme o GHS (Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos).

Em paralelo, a norma ABNT NBR 14725, ligada a NR 26 ao ser citada como norma técnica oficial, aborda detalhadamente a classificação de perigo à saúde humana e ao meio ambiente, incluindo os perigos físicos, sobre a rotulagem e sobre a elaboração da Ficha com Dados de Segurança (FDS) de produtos químicos classificado como perigo e não classificado como perigoso mas que seu uso possa gerar riscos.

A Importância do Treinamento

O treinamento eficaz da equipe é a base para garantir a conformidade com essas normas e promover um ambiente de trabalho seguro. A capacitação constante dos colaboradores quanto às mudanças normativas é um passo crucial para prevenir acidentes, mitigar exposições prejudiciais e reduzir riscos. A própria NR 26 traz no item 26.5 que:

26.5.2 Os trabalhadores devem receber treinamento:

a) para compreender a rotulagem preventiva e a ficha com dados de segurança do produto químico; e

b) sobre os perigos, os riscos, as medidas preventivas para o uso seguro e os procedimentos para atuação em situações de emergência com o produto químico.

Percebemos com isso, que a capacitação é obrigatória, mas que não há restrições quanto a carga horária, currículo do ministrante e escopo técnico definido, sendo primordial que todos os colaboradores compreendam o que são estes documentos de segurança (FDS e rotulagem do produto químico), quais informações são encontradas e como utilizá-las no dia a dia e em situações de emergências.

Com a recente publicação da norma ABNT NBR 14725 atualizada (de 2023), é importante realizar uma reciclagem com todos os colaboradores para compreenderem as alterações sofridas e o que poderá ser impactado no dia a dia de trabalho.

Passos para Implementar o Treinamento

Deixamos a seguir uma sugestão que poderá ser utilizada nesta etapa tão importante que é a capacitação da equipe:

  1. Conscientização sobre as Normas: Inicie explicando a importância da NR-26 e da ABNT NBR 14725:2023. Descreva como essas diretrizes contribuem para a proteção de todos os envolvidos.
  2. Compreensão da Classificação GHS: Introduza os conceitos centrais do Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS). Explique como a classificação de produtos químicos perigos é padronizada internacionalmente e foi adotada no Brasil como sistema oficial, com ênfase nas classes de perigos existentes e simbologias utilizadas na comunicação.
  3. Interpretação dos Rótulos: Detalhe os elementos presentes nos rótulos de produtos químicos, incluindo pictogramas, frases de perigo e precaução. Demonstre como essas informações auxiliam os colaboradores a identificarem riscos presentes no dia a dia de trabalho.
  4. Elaboração da FDS/FISPQ: Inicie com a alteração do nome do documento de FISPQ para FDS. Guie a equipe através do processo de criação da Ficha com Dados de Segurança, caso seja uma equipe técnica que atua com a elaboração do documento, ou aborde de forma interpretativa, discorrendo sobre as informações presentes e como pode auxiliar os operadores e qualquer trabalhador que entre em contato com produtos químicos.
  5. Procedimentos de Emergência: Treine os colaboradores para responder adequadamente a situações de emergência envolvendo produtos químicos. Aborde procedimentos a serem seguidos em casos de vazamentos, exposições ou incêndios.
  6. Exemplos Práticos e Estudos de Caso: Ilustre os conceitos com exemplos do dia a dia da empresa. Apresente cenários reais para melhorar a compreensão e aplicação das normas.

Avaliação Contínua e Atualização

Realize avaliações regulares para avaliar a eficácia do treinamento. Mantenha-se informado sobre possíveis mudanças nas normas como a recente atualização em 03 de julho de 2023 e atualize a equipe conforme necessário. A segurança no ambiente de trabalho é um compromisso constante.

Capacitação Intertox

Treinar sua equipe para cumprir a NR-26 e se adaptar à atualização da norma ABNT NBR 14725:2023 é um investimento vital para garantir a segurança e saúde dos colaboradores, além de cumprir os requisitos legais. Ao compreenderem a Classificação GHS, a Rotulagem e a elaboração da FDS, seus colaboradores estarão capacitados a lidar com produtos químicos de maneira segura e informada, minimizando riscos e prevenindo acidentes.

A Intertox oferece treinamentos personalizados que poderá auxiliá-lo neste processo.

Curso In Company – Capacitação Personalizada em Produtos Químicos: Classificação GHS, Rotulagem e FDS (MTE-NR 26; ABNT-NBR14725:2023)

Objetivo

O Curso In Company foi desenvolvido para aprofundar o conhecimento de profissionais que lidam com a gestão segura de produtos químicos, com o intuito de aprimorar a aplicação prática das normas MTE-NR 26 e ABNT-NBR 14725:2023.

Essas diretrizes estabelecem o GHS como o sistema para classificação de produtos químicos como perigos e definem diretrizes para a criação da Ficha de Dados de Segurança (FDS), bem como a inclusão de informações de segurança nos rótulos de produtos químicos perigosos.

O enfoque do curso pode ser adaptado às necessidades da sua equipe, permitindo maior aprofundamento para equipes encarregadas da classificação e elaboração dos documentos de segurança, ou interpretação para equipes que manuseiam produtos químicos e necessitam compreender os documentos de segurança de forma prática.

Metodologia

O Curso In Company é totalmente customizável de acordo com as demandas específicas da sua empresa. Desde a carga horária até o escopo técnico, adaptamos o curso para atender às necessidades únicas do seu negócio. Cada turma pode ter até 30 participantes sem acréscimo no valor, garantindo a eficácia e a personalização do treinamento.

Monte sua Proposta Personalizada:

Nossa prioridade é oferecer uma solução de treinamento que atenda às necessidades exclusivas da sua empresa. Para solicitar um orçamento personalizado, clique no link abaixo e preencha o formulário:

Solicite um Orçamento Personalizado

Kérolyn Silvério
Líder de Treinamentos e Eventos

CETESB faz reunião com o SindusCon-SP

No dia 3 de julho, Thomaz Toledo, diretor-presidente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), se reuniu junto ao Presidente do SindusCon-SP, Yorki Estefan. 

O intuito da reunião foi a apresentação por ambas as partes dos trabalhos realizados que favorecem a gestão sustentável de seus negócios. Em um lado, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, vice-presidente do SindusCon-SP, comentou a respeito do histórico de projetos feitos que abordam esse tema durante 23 anos de entidade, em sua companhia Lilian Sarrouf, coordenadora técnica do Comitê de Meio Ambiente (COMASP) e Filemon Lima, gerente administrativo e de relações institucionais.

Por outro lado, Thomaz Toledo foi acompanhado pela diretora de Gestão Corporativa, Liv Costa, e foram destacadas algumas ações e trabalhos realizados durante o período de sua condução do órgão ambiental. 

Dentre algumas ações comentadas, foram ressaltadas criações de áreas voltadas à sustentabilidade, governança e inteligência de dados, além disso, outro destaque foram algumas das parcerias que foram bem-sucedidas durante esse período, podemos citar o exemplo da recuperação de áreas contaminadas, gerenciamento correto de resíduos, dentre outras que podem ser visualizadas no próprio site da CETESB.

Ainda na reunião, houve comentários sobre a ferramenta CECarbon, que é uma calculadora de consumo energético e emissões de carbono utilizada em construção civil, e, por fim, a Câmara Ambiental da Indústria da Construção, que é presidida pela SindusCon-SP e está ativa.

Para mais informações sobre a reunião, acessar o link disponibilizado: https://cetesb.sp.gov.br/blog/2023/07/04/cetesb-faz-reuniao-com-o-sinduscon-sp/

Henrique Ferreira

Meio Ambiente – InterNature

Toxinfecção alimentar associada ao consumo de broa de milho em regiões de Portugal

Foram identificados em diversas cidades dos distritos de Leiria, Santarém, Coimbra e Aveiro, situadas em Portugal, 187 casos de toxinfecção alimentar decorrentes do consumo de broas de milho. O problema vem sendo noticiado desde 21 de julho e até o momento a possível causa da toxinfecção seriam micotoxinas.

As micotoxinas são metabólitos tóxicos secundários, produzidos por fungos filamentosos. Sua proliferação ocorre em diversos substratos, como sementes e cereais, que podem acarretar danos à saúde de humanos e animais.

Entre os principais sintomas relatados pelos pacientes que ingeriram a broa de milho, pode-se citar: secura da boca, alterações visuais, tonturas, confusão mental e diminuição da força muscular, geralmente observados entre 30 minutos e duas horas após a ingestão de alimentos. Na maioria dos casos, esses sintomas desapareceram após poucas horas, porém 43 pacientes precisaram de cuidados hospitalares.

Como medida de prevenção e caráter provisório, até que a investigação seja concluída, a Direcção-Geral de Saúde (DGS) e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) recomendam que seja interrompido o consumo do alimento nas regiões onde houveram casos relatados. 

Beatriz Nascimento Teles e Isabella Pereira de Andrade

MMA recebe Estados do Cerrado para avaliar estratégias de combate ao desmatamento

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) organizou uma reunião com 10 representantes de 10 estados do Cerrado, o intuito do encontro foi a discussão de melhores estratégias para o combate ao desmatamento no bioma do centro-oeste.

As secretarias de Meio Ambiente dos Estados que estavam presentes foram de Brasília (Distrito Federal), Bahia, Piauí, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, além de contar com a presença dos integrantes da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema).

André Lima, secretário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA, conduziu a reunião com o foco da busca da melhor solução das propostas feitas por cada Estado. Através da intermediação da Abema, os Estados ressaltam o interesse na ampliação da parceria com o MMA para que haja um maior controle e identificação dos desmatamentos realizados na região.

 Uma das solicitações pelo MMA aos Estados foram os dados referentes às Autorizações de Supressão de Vegetação (ASV) e às autorizações para uso alternativo do solo, o qual entra a responsabilidade de cada Estado para que haja um controle dessas informações.

O Ministério do Meio Ambiente está planejando a elaboração da quarta fase do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Bioma Cerrado (PPCerrado), setembro foi o mês previsto para sua consulta pública, isto, pois o Dia Nacional do Cerrado é comemorado no dia 11 de setembro.

Para mais informações e detalhes sobre a notícia, acessar o link:

https://www.gov.br/mma/pt-br/mma-recebe-estados-do-cerrado-para-avaliar-estrategias-de-combate-ao-desmatamento

Henrique Ferreira

Meio Ambiente – InterNature

Meio Ambiente: Mudanças climáticas podem causar perda de vegetação em 99% da Caatinga até 2060, alerta estudo da Unicamp

Estudos realizados pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a partir do banco de dados que armazena mais de 400 mil registros relacionados a cerca de 3 mil espécies, apontam que as áreas de Caatinga que sofrerão os piores impactos serão as chapadas Diamantina, Araripe e o Planalto da Borborema.

Os pesquisadores do tema identificaram como cada planta respondia às variações de cada clima através de tecnologias como inteligência artificial e dados estatísticos. O professor Mário Moura, do Instituto de Biologia, realizou o mapeamento da flora local, com isso, foi feito a divisão da vegetação em 2 grupos: arbórea, composta por árvores de grande porte; não-arbórea, que faz a inclusão de cactos, gramas, entre outras plantas nativas da região.

Após capturar as informações necessárias para que o estudo tivesse andamento, os dados foram cruzados de acordo com os cenários de mudanças globais que são realizados pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Moura afirma que “Uma vez que identificamos essa relação entre ocorrência da espécie e clima, podemos pegar os mapas de clima do futuro e projetar essa mesma relação. […] No final das contas, fazendo todas essas combinações, foram quase 1,5 milhão de mapas gerados”.

Além das mudanças climáticas, os mapas gerados demonstraram que a vegetação do bioma está passando por um processo de simplificação, no caso espécies mais raras de plantas são substituídas por espécies mais comuns, assim diminuindo a biodiversidade característica da Caatinga.

O bioma em questão é o único exclusivo do Brasil, abrange cerca de 10% do território nacional, sua localização é predominantemente no nordeste do país e possui uma biodiversidade gigante. O objetivo do estudo desenvolvido pelo pesquisador foi alertar sobre o futuro de grande parte de nossa fauna e flora e para que esferas públicas e privadas possam abrir um olhar para que a área seja preservada o máximo possível.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2023/07/09/mudancas-climaticas-podem-causar-perda-de-vegetacao-em-99percent-da-caatinga-ate-2060-alerta-estudo-da-unicamp.ghtml

Matheus Augusto

Meio Ambiente